Uma das principais vantagens da compra de um terreno é o chamado efeito “folha em branco”. Isso significa que, superadas as questões de topografia, de dimensionamento e de zoneamento da área, o próximo passo é entender como começar a construir uma casa, seguindo o projeto dos seus sonhos, como tamanho e formato dos cômodos e dimensão do pátio. A flexibilidade de um terreno também se torna um benefício quando se olha para o ritmo de execução da obra. Isso quer dizer que você poderá construir ou em mais ou em menos tempo, de acordo com as suas condições financeiras.
Razões para fazer você mesmo
Pronto, terreno comprado e regularizado! Chegou o momento de erguer a casa dos seus sonhos, com pátio para as crianças, com canto de churrasqueira e com sombra para rede. Quer mais motivos para começar do zero a concretização da casa própria? Confira a lista a seguir.
1 – Para ficar a sua cara
É realizador poder pensar, desde o início, o desenho de cada divisória, a proporção da área construída e dos espaços de lazer, por exemplo. Erguer a própria casa pode não ser uma tarefa simples, mas se torna gratificante quando se vê o resultado final: uma construção adequada ao perfil de cada membro da família, desde aquele que prefere um espaço reservado para leitura até aqueles que gostam de receber os amigos para um jantar ao ar livre. Além do layout e da estética, que também é objeto de realização para muitos, a funcionalidade do novo lar pode ser pensada em detalhes: a posição da casa com relação ao sol, uma estrutura para reaproveitamento da chuva, espaço para horta, a posição e a quantidade de tomadas elétricas etc.
2 – Para gastar menos
Pergunte ao seu pai, à sua mãe ou ao seu avô, e eles confirmarão: construir é mais barato do que comprar uma casa pronta. A decisão das gerações anteriores à nossa de construir suas próprias casas, muitas vezes, era tomada em função da limitação de recursos e da imprevisibilidade da renda familiar, mas existem outras questões que explicam porque esse é o caminho mais econômico.
Nem sempre o barato custa caro. Se você vai erguer a própria moradia, poderá negociar com fornecedores e com lojas de material de construção o melhor custo-benefício de materiais e de revestimentos, além de pensar em alternativas para reduzir o custo fixo mensal depois que tudo estiver pronto, como, por exemplo, reaproveitamento da água da chuva e aumento do pé-direito para ambientes mais frescos.
3 – Para garantir a qualidade
É bastante comum nos surpreendermos negativamente com a qualidade dos acabamentos, das aberturas e dos materiais de uma casa ou apartamento depois que fechamos negócio, seduzidos pelo material publicitário e pelo espaço decorado. Outra forma de descontentamento é com a mão-de-obra utilizada para colocação de pisos e de aberturas e de pintura das paredes.
Quando você está à frente do projeto do seu novo lar, a escolha dos profissionais é sua, baseada não só no preço, mas, também, na recomendação de amigos e de parentes que já utilizaram os mesmos serviços.
Como começar a construir uma casa
Assim como o terreno vazio, o papel também aceita tudo. A advertência que a Damha faz para você ao produzir este conteúdo é a de que existem muitas variáveis que poderão impactar na sua expectativa, o que significa que, certamente, nem tudo sairá como orientam guias como este. Mesmo assim, planejar é preciso. Confira, abaixo, as principais dicas sobre como começar uma obra.
1 – Tenha clareza de todas as etapas
Com toda certeza, existem muitas formas de construir uma casa. Mesmo assim, existem atividades que não podem ser realizadas antes de outras, sob o risco de retrabalho, de aumento das despesas e de atraso do cronograma da obra. Saiba quais são as etapas mais importantes e tire as principais dúvidas sobre como começar a construir uma casa.
Etapa 1: Busca por profissionais qualificados
Etapa 2: Elaboração de projeto arquitetônico
Etapa 3: Planejamento financeiro
Etapa 4: Encaminhamento da documentação necessária
Etapa 5: Definição do cronograma da obra
Etapa 6: Compra dos materiais
2 – Escolha os profissionais certos
Esta é a primeira e, talvez, a mais importante etapa. Se você não tiver conhecimento ou experiência para dar os primeiros passos, será o profissional escolhido por você que lhe ajudará desde o início, passando pelo cronograma da obra, até a sua finalização. Como começar uma obra? O que levar em consideração ao definir a casa que você quer ter? O que implica construir uma piscina? E aquela árvore enorme na frente do terreno, pode ser cortada? É possível conciliar uma casa com três quartos e com um pátio nos fundos com as dimensões do seu terreno? Além de apoio para buscar essas respostas, é importante saber que o acompanhamento técnico durante a construção da casa é uma exigência da legislação brasileira.
Além de um profissional que vai ser responsável pelo projeto arquitetônico, você precisará, também, de um engenheiro civil, de pedreiros, de eletricistas, de pintor e de outros profissionais, de acordo com o método construtivo e com o modelo de contratação de serviços que você escolher.
3 – Elabore um projeto arquitetônico detalhado
Engana-se quem ainda pensa em um arquiteto como aquele profissional responsável pela qualidade estética de uma obra. É dele o papel de planejar, de orientar e de projetar o seu sonho de acordo com as condições do terreno e com as suas necessidades. O espaço é pequeno para tudo o que se quer? Um arquiteto saberá fazer o uso mais inteligente da área. O terreno é enorme? Um arquiteto encontrará a proporção mais adequada, para que não haja nenhum desperdício.
Mais do que chegar a uma planta que agrade a todos da família e que caiba no bolso, o arquiteto também é capaz de sugerir materiais, revestimentos, aberturas e móveis que melhor se adequarão ao projeto que desenvolveu.
É importante lembrar que o arquiteto precisa prever, em todo seu projeto, o respeito à legislação local em vigor para o tipo de construção que será realizada. Conte com o conhecimento e com a experiência do seu arquiteto, também, para abrir a planilha eletrônica e começar a detalhar o planejamento financeiro da sua casa nova.
4 – Planeje os recursos que serão necessários
Mesmo que você saiba como começar uma obra e que a inicie muito bem, fazendo a escolha certa do arquiteto e desenvolvendo um projeto que combine o perfil da família com o orçamento geral, tenha atenção ao seguinte ponto: não falhe no planejamento financeiro, que vai guiar sua obra do início ao fim. É preciso considerar, por exemplo, que o preço da mão-de-obra e dos materiais pode aumentar; e que o custo de vida da família pode variar.
Há duas formas de viabilizar a construção da casa: com recursos próprios ou com um financiamento bancário. No caso de financiamento bancário, vale lembrar que há a incidência de juros, o que aumentará o preço final da construção. Portanto, a dica, aqui, é pesquisar a instituição que oferece as melhores facilidades e o limite de crédito de que você precisará.
5 – Providencie a documentação necessária
A legislação que regulamenta o processo de construção pode variar bastante de um local para outro. Na etapa anterior, lembre-se de pedir que o arquiteto oriente você quanto à documentação completa que será necessária. O objetivo é garantir que a obra não seja interrompida e que possa ser concluída com êxito.
Estes são os principais documentos:
- matrícula do imóvel, que é a certificação detalhada que confirma a regularização do terreno;
- alvará de construção, documento emitido assim que a prefeitura realiza a análise e a aprovação da construção;
- Anotação de Responsabilidade Técnica (ART), documento que deve ser apresentado pelo responsável pelo projeto à prefeitura, junto com o projeto arquitetônico, para provar sua relação com o trabalho que será realizado;
- Habite-se (certificado de conclusão de obra): documento emitido ao término da construção, quando a prefeitura conclui a vistoria do imóvel, para comprovar que todas as regras foram cumpridas;
- Registro de Imóvel, emitido por cartório próprio,com a planta do imóvel e com o Habite-se em mãos;
- cadastro do imóvel na prefeitura, que torna o imóvel completamente legalizado.
6 – Defina um cronograma da obra
A qualidade do cronograma da obra e a disciplina ao segui-lo determinam o sucesso da construção a partir daqui. Conheça as principais fases do cronograma.
a) Fundação: nesta fase, os profissionais diretamente ligados à construção deverão preparar o terreno e realizar a fundação e a construção dos seus alicerces.
b) Estrutura: vencida a fase da fundação, chegou o momento de levantar pilares, vigas, lajes e outros pontos estruturais do imóvel.
c) Fechamento: nesta fase, acontece a construção das paredes internas e externas do imóvel, que podem ser de alvenaria e de elementos definidos durante a fase de projeto.
d) Cobertura: telhado, calhas, rufos e outros elementos necessários para o escoamento das águas das chuvas são os elementos desta fase.
e) Elétrica e hidráulica: esta é a fase responsável por toda a estrutura capaz de suportar as demandas de energia elétrica, de abastecimento de água e de escoamento do esgoto.
f) Acabamento: por fim, antes de morar, é necessário a colocação dos pisos e dos revestimentos, o nivelamento das paredes, a pintura, a instalação de móveis planejados etc.
7 – Inicie a compra dos materiais
Nesta última etapa da lista de tarefas necessárias para a construção da casa própria, disciplina e pesquisa são fundamentais: disciplina, porque será indispensável seguir o que foi projetado pelo arquiteto no projeto inicial e comprar os materiais indicados; e pesquisa, porque a escolha do fornecedor e do material determinará a pontualidade da entrega dos produtos, a qualidade e o preço, que devem estar de acordo com o planejamento financeiro e com o cronograma da obra.
Mas quais são os materiais mais importantes de cada fase do cronograma da obra? Veja a lista que preparamos abaixo.
- Estrutura: nesta fase, materiais de qualidade e de execução precisa são indispensáveis para o restante da construção. Os materiais essenciais são cimento, argamassa, blocos de concreto, areia, brita, formas de madeiras, vergalhões, pregos, escoras etc.
- Fechamento: há dois modelos construtivos disponíveis para esta fase, o convencional e o estrutural. Os materiais essenciais são cimento, graute, areia, blocos de concreto ou tijolos, vergalhões, caixas de luz, tubos de PVC, quadro de distribuição, argamassa para chapisco, emboço e reboco etc.
- Cobertura: além da proteção da edificação, os materiais desta fase terão a função de garantir o conforto termoacústico. Os materiais essenciais são telhas, madeira, vigões, pregos, caixa d’água, calhas, rufos, caibros, manta térmica etc.
- Acabamento: em função dos materiais, esta costuma ser a fase mais cara da construção. Os materiais essenciais são argamassa, revestimentos (cerâmicas, porcelanatos, pedras decorativas, etc), pisos, azulejos, rejuntes, pincéis e rolos para pintura, tintas, metais e louças sanitárias, esquadrias, janelas, portas, interruptores, mobiliário e decorações.
Damha Urbanizadora, fomentando a transformação
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